A adubação foliar é o fornecimento de nutrientes para as plantas, através de uma pulverização nas folhas, na época certa e na quantidade que a planta necessita. A adubação foliar pode ser usada como complementação ou suplementação de macro e micronutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas. A adubação foliar apresenta uma série de vantagens:
1. as respostas das plantas são rápidas;
2. as dosagens são menores;
3. aplicação no estágio que a planta mais necessita;
4. aplicação em quantidades suficientes para as plantas.
Mas, a adubação foliar tem suas desvantagens:
1. custo alto de aplicação;
2. o efeito residual é menor;
3. podem surgir problemas de incompatibilidade e antagonismo entre produtos e nutrientes. O antagonismo é quando um nutriente aplicado inibe a absorção do outro. Por exemplo: o cobre (Cu) ou boro (B) reduz a absorção de zinco (Zn), quando aplicado em folhas de café, chegando a 50%.
A absorção foliar tem duas fases: a penetração, chamada fase passiva, e a absorção celular, chamada fase ativa.
Para que um nutriente seja considerado absorvido pela planta é preciso que ele esteja dentro da célula. O tempo de absorção varia de nutriente para nutriente e de planta para planta. Estima-se que 50% do N aplicado, através da uréia, é absorvido de 1/2 a 36 horas; o P de 6 a 15 dias; o Ca de 1 a 4 dias; o Zn de 1 a 2 dias; o magnésio, 20% é absorvido de 12 a 24 horas. O N-amídico (uréia) é absorvido mais rapidamente que o N-nitrato e este maior que o N-amoniacal. A maior velocidade de absorção dos nutrientes acontece nas folhas mais novas.
A uréia quando aplicada na forma líquida reduz as perdas por volatilização. Por outro lado, o N da uréia age como facilitador da abertura dos estômatos nas folhas. A uréia amídica quando dissolvida é melhor absorvida pelas plantas. Por induzir a abertura dos estômatos e melhorar a absorção, a uréia é adicionada numa mistura de micronutrientes para aplicação foliar.
O N tem uma translocação rápida na planta. Na cana, esta translocação aconteceu 6 horas após a aplicação; no algodão, a maior parte do N se translocou para o fruto mais próximo; na soja, houve recuperação de 70% do N e com o tempo 95% estava translocado nos grãos. No cafeeiro em 5 semanas, mais de 50% do nutriente P aplicado estava recuperado. Na primeira semana, todo P absorvido estava nas folhas. Na segunda semana, boa parte do P foi translocada para os colmos. A partir da terceira semana, 20% do P absorvido foi translocado para as raízes. O potássio (K), no cafeeiro, se transloca para os frutos em formação. Quanto maior a dose de K aplicada, maior é a translocação: a translocação máxima foi de 13% após 48 horas da aplicação no cafeeiro.
Na adubação foliar, o nutriente é absorvido pelas folhas e translocado para outros locais da planta. Esta translocação é mais intensa com os macronutrientes NPK e menor com os micronutrientes. Para melhorar isto, os micronutrientes devem ser aplicados em formas quelatizadas. Com a quelatização, a absorção é maior e mais rápida. Segundo a literatura, as culturas necessitam de 5 a 10 vezes mais Zn quando aplicado sob a forma de sal inorgânico, em comparação à absorção na forma de quelato.Fonte : http://agronomiacomgismonti.blogspot.com
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