Em relação à produtividade, o conilon tem uma capacidade de produção muito maior que o arábica, além de possuir grãos menores, com a polpa menos espessa.
Primeiramente, o produtor de café deve saber que estes cafés pertencem a duas espécies diferentes: ocafé conilon pertence à espécie Coffea canephora e ocafé arábica à espécie Coffea arabica, e por isso possuem características distintas. Passemos a elas.
As características dos cafés se diferenciam até mesmo quanto ao tamanho das árvores que os originam: enquanto a árvore do café conilon é de um porte elevado, a do café fino ou arábica é bem menor. O arábica deve ser produzido em altitudes maiores, enquanto que o conilon pode ser produzido a até 800m de altitude.
O café conilon apresenta as folhas maiores e mais enrugadas, ao passo que as folhas do café arábica são menores e mais lisas. Além disso, o conilon apresenta a característica do multicaule, que é a capacidade de ramificações do caule, ou seja, vários caules que saem de uma mesma planta; já o arábica é unicaule, apenas um caule por planta.
Se comparados os sabores dos dois cafés, o arábica se destaca, pois possui um sabor mais completo, já que tem mais marcado o aroma, a doçura e a acidez. Já o conilon tem um paladar mais neutro, apresentando um sabor mais amargo, devido ao fato de que ele tem o dobro decafeína que o arábica.
No Brasil, o café conilon é muito utilizado para a produção de café solúvel, por conter uma quantidade maior de sólido solúvel, gerando assim, um rendimento econômico maior para as empresas do ramo. No entanto, já é possível encontrar no país indústrias que fazem a mistura dos dois cafés, o conilon e o arábica, a fim de combinar as características presentes nos dois.
No quesito comercialização, pode-se dizer que o café arábica vale o dobro do café conilon. Isso se deve ao fato de que o café conilon não é vendido puro, pois ele é usado para fazer as misturas com o arábica, o que acaba por baratear o preço final do produto. Por outro lado, o café arábica pode ser comercializado sozinho, são os chamados “café gourmet”, e são bem mais caros para os consumidores, resultando em lucro maior para os produtores deste café.
Fonte: Portal Agropecuário
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