Segurança
da produção, fruta de qualidade e garantia de mercado. Esses são alguns
benefícios proporcionados pelo uso da plasticultura como técnica
alternativa para o cultivo protegido e frutas. No Prosa Rural desta semana, o
pesquisador da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves/RS), Henrique
Pessoa dos Santos, fala sobre as vantagens deste sistema de produção, que
envolve mudanças tanto no manejo fitossanitário quanto fitotécnico.
“A premissa que o produtor tem de adotar é que o cultivo protegido é um novo sistema de produção. Não é simplesmente cobrir uma planta ou uma área. É preciso promover mudanças nos manejos fitossanitários e fitotécnicos”, esclarece durante sua participação do Prosa Rural desta semana.
Segundo
Henrique Pessoa, no sistema de plasticultura os tratamentos fitossanitários só
devem ser realizados quando ocorrer molhamento de folhas e frutas em
decorrência de chuvas laterais ou de ventos. “Quando não houver esta condição, as
pulverizações não são recomendadas, pois o produto aplicado, neste caso, está
menos sujeito à degradação por raios ultravioleta, uma vez que os plásticos
filtram essa radiação. Isso permite que toda a molécula do produto utilizado
permaneça na fruta por muito mais tempo”, enfatiza.
Henrique
Pessoa também dá dicas sobre como deve ser a estrutura do sistema de
plasticultura. Segundo ele, a cobertura deve ser em formato de arco, o que
permite melhor sustentação do plástico, sem gerar pontos de rasgo. No caso do
cultivo protegido para videiras, o recomendado é o uso de arco em aço
galvanizado. Já o plástico para a cobertura deve ser um tipo de malha
impermeabilizada, capaz de oferecer maior resistência e durabilidade.
O pesquisador destaca, no entanto, que a cobertura
só deve ocorrer no momento em que a planta estiver produzindo, para que a
distribuição radicular seja a maior possível. “No Sul do Brasil, isso ocorre
após a terceira safra do plantio de uvas”, explica.
Fonte: Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa
Nenhum comentário:
Postar um comentário