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O capim-amargoso (Digitaria insularis) pertence à família poacea ou gramínea, envolve aproximadamente trezentas espécies no mundo e inclui outras plantas bem conhecidas como o capim-colchão. Segundo Gazziero, trata-se de uma planta perene, rizomatosa com alta capacidade de rebrota, forma touceiras, e nas condições brasileiras, pode germinar o ano todo. Suas sementes são pequenas e se dispersam facilmente pelo vento. “A planta é muito comum em pastagens e acabou se espalhando pelas áreas de produção de grãos, com a ampliação da adoção da semeadura direta, passando de uma espécie considerada marginal, para uma das principais plantas daninhas no Brasil”, disse o pesquisador.
No caso de biótipos resistentes, é perciso trocar de produto para complementar o controle dessa espécie. De qualquer forma todas as aplicações devem ser feitas em plantas pequenas
O manejo de plantas daninhas tem o objetivo de controlar as invasoras com sustentabilidade e vantagens econômicas. “Por ser rápido e prático, o controle químico é o mais utilizado. Mas herbicidas devem ser vistos como alternativas e parte integrante de um programa de manejo. Nos anos 1980, plantas resistentes como o leiteiro, capim-marmelada e picão-preto, foram selecionadas devido ao uso intenso de herbicidas do mesmo grupo de ação, provocando, de forma rápida, a disseminação destas espécies. Com um manejo inadequado, o banco de sementes das plantas daninhas foi aumentando, agravando o problema”, revela Gazziero.
O pesquisador alerta para a necessidade de não deixar que este tipo de probelma se repita. “Embora a resistência ao glifosato já ocorra de forma preocupante no Brasil, ainda é tempo de se evitar danos maiores. A velha e boa enxada continua a ser uma alternativa principalmente para eliminar plantas adultas, fonte da produção de sementes resistentes”, complementa Gazziero.
Carina Gomes(MTb 3914/PR)
Embrapa Soja
Contatos: 43 3371 6067
Colaboração: Dulce Mazer
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