Antes de efetuar um controle para erradicação dessa praga, deve-se avaliar os seus benefícios
Os cupins são insetos constituídos de 2.500 espécies, das quais 300 são considerados pragas. Nos trópicos, os cupins são uma das principais pragas causando problemas diversos para a agricultura, silvicultura e habitação. Alguns deles fazem ninhos subterrâneos, outros na madeira (árvores ocas) e alguns constroem montes. Para que essas pragas possam ser controladas, é preciso que haja uma identificação básica de qual espécie ou família pertencem.
Para a agricultura, o tipo de cupim mais problemático são os que cultivam fungos. Eles alimentam-se de matéria orgânica morta, que podem ser húmus ou resíduos de culturas. Mas, quando esse tipo de alimento não está disponível no solo, eles passam a comer plantas vivas, o que inclui culturas como amendoim, painço e milho, tornando-se um prejuízo para os agricultores.
Um exemplo desses cupins é o cupim-ceifeiro que é encontrado em áreas secas e
semi-desertas. Esses cupins constroem seus ninhos subterrâneos, difíceis de serem encontrados. Coletam material vivo das plantas verdes e prejudicam a vida das gramíneas, culturas e mudas. Seus principais alvos são as plantas que estão danificadas ou murchando.
No entanto, não são só problemas que os cupins trazem, em alguns casos, eles podem trazer benefícios para o ecossistema. Portanto, antes de efetuar um controle para erradicação dessa praga, deve-se avaliar os seus benefícios, afinal, os cupins fazem a aeração do solo; separação e liberação de matéria orgânica; melhoram a fertilidade do solo (quando os montes são esmagados e incorporados ao solo); são fonte de minerais para bovinos (que lambem os montes) e fonte de alimento rico em proteínas para muitos organismos (formigas, pintadas).
Mas, caso o agricultor esteja decidido a fazer o controle dessa praga, ele deve saber que, ao passar dos anos, o método de controle mais aceito é a base de pesticidas químicos. Mas, geralmente, esses produtos são caros e apresentam alguns efeitos nocivos. Por isso, é importante que os produtores ou quem for fazer a aplicação esteja devidamente preparado, e siga as instruções.
Em alguns casos, o uso de produtos que combatam cupins é restrito a entidades e pessoas especializadas, e mesmo quando o produto tem venda livre, deve ser manipulado com segurança. Muitas vezes, esse tipo de controle pode não caber dentro do orçamento do pequeno produtor rural, sendo assim, ele pode usar uma outra alternativa de controle, que é o controle orgânico, que é bem mais barato que o primeiro, pois funciona dentro de um sistema natural que ajuda a promover os mecanismos naturais do controle de pragas.
Alguns desses métodos são: a adição de matéria orgânica ao solo; o incentivo aos predadores naturais dos cupins; fontes suplentes de alimentos; rotação de culturas; o cultivo de plantas saudáveis para o transplante; ímãs; desmanchar os montes e remover a rainha; construir barreiras físicas; cultivar plantas com resistência aos cupins; além de uma preparação da planta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário