quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Conheça as principais doenças que podem atacar o milharal


Tais doenças podem causar grandes prejuízos que, em alguns casos, necessitam de uma intervenção pontual

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Para realizar um controle efetivo de determinadas pragas que atacam o milharal, é preciso conhecer os princípios de controle
Os produtores de milho devem ter em mente que essa cultura está sujeita a várias doenças que podem afetar, além da qualidade e da palatabilidade do milho, o seu valor nutritivo dos grãos e da forragem. Algumas dessas doenças são: doenças foliares, podridões do colmo e das raízes, doenças causadas por nematóides, por molicutes e por vírus. Tais doenças podem causar grandes prejuízos que, em alguns casos, necessitam de uma intervenção pontual, como meio de garantir os lucros e o sucesso da produção.
Para realizar um controle efetivo de determinadas pragas e doenças que atacam o milharal, é preciso que o produtor conheça os princípios de controle, considerando para isso o nível econômico do dano, além de suas formas de controle. Isso se deve ao fato de que essas pragas têm diversas maneiras de atuação, sendo que algumas delas atuam diminuindo o número de plantas, reduzindo a população. Já outras podem atuar promovendo a perda e o apodrecimento das raízes.
Algumas medidas podem contribuir para o controle dessas pragas, como é o caso de tomar conhecimento da importância das principais doenças que podem atacar os diferentes locais e épocas de plantio a fim de buscar por cultivares mais resistentes; manejar o solo para ter boas condições para a germinação das sementes; fazer sempre a rotação de culturas; procurar sempre por sementes de boa qualidade sanitária, física e fisiológica; fazer o controle de plantas daninhas e realizar o manejo integrado de pragas; não realizar a colheita tardia, caso necessário, ela pode ser adiantada; e armazenar adequadamente as sementes após a colheita.
Abordaremos a seguir algumas das principais doenças do milho, com seus principais sintomas e métodos de controle, afim de que os produtores de milho possam se informar melhor sobre elas.
Larva alfinete (Diabrotica speciosa)
Essa larva apresenta cor branca, cabeça marrom e corpo afilado. O adulto tem o poder de causar o desfolhamento, já a larva se alimenta das raízes do milho, interferindo dessa maneira na absorção de nutrientes e água por parte do milho, além de reduzir a sustentação das plantas. Sendo assim, em situações de ventos fortes e quando há grandes precipitações pluviométricas, as plantas sofrem acamamentos. Para o controle, tem-se usado exclusivamente o emprego de inseticidas químicos aplicados via tratamento de sementes.
Larva-arame (Conoderus spp., Melanotus spp)
Essas larvas têm o poder de danificar as sementes logo após a semeadura, além do sistema radicular da planta do milho e de outras gramíneas. Elas têm o hábito de construir galerias e destruir a base do colmo das plantas. Quando a cultura é implantada logo após a pastagem, os danos costumam ser mais severos. O controle à base de inseticidas não é viável economicamente para combater essas larvas. Por isso, em locais onde haja histórico de ataques da larva-arame, recomenda-se o controle previamente, ainda na semeadura.
Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)
Existem, basicamente, duas formas: as aladas e as ápteras. Essa praga é a espécie de inseto de maior ocorrência, mas, normalmente, não chega a causar grandes danos à cultura, devido à ação eficiente dos inimigos naturais. O pulgão ataca  as partes jovens da planta, mas pode afetar também o pendão e as gemas florais. Em áreas onde haja a infestação, é recomendado o uso de cultivares que sejam resistentes ou tolerantes. A eliminação dos hospedeiros nativos do patógeno e do vetor como as gramíneas também são formas de controle eficiente.
Cupim (Cornitermes spp., Procorniterms spp. e Heterotermes sp.)
As operárias possuem cor branca e são ápteras. Os soldados apresentam cor amarelada e são providos de mandíbulas desenvolvidas. O ataque desse inseto é subterrâneo, principalmente, nas sementes, após a semeadura do milho, causando a destruição delas antes mesmo da germinação. Por atacarem de forma subterrânea, esses cupins são difíceis de serem controlados. Sendo assim, em cupins de montículo, deve-se destruir o cupinzeiro no inverno, aplicar fungos e, se preciso, injetar inseticidas.

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