Com o aumento da população mundial obviamente tem-se
o acréscimo da demanda de alimentos. Cada vez mais é necessário se produzir mais e
mais, no entanto isso tem seus custos tanto financeiros quanto para o meio
ambiente e até mesmo para as pessoas que irão consumir esse alimento, sabemos
da dificuldade de se produzir alimentos orgânicos em larga escala, devido o
preço da mão de obra e também os sérios problemas com pragas e doenças, onde esses
alimentos acabam chegando ao consumidor com um preço de mercado maior do que os
alimentos produzidos de forma convencional.
Se tratando disso ao aumentar a
produção de alimentos tem se recorrido ao maior uso dos agrotóxicos onde
infelizmente são usados de forma errada e desordenada, para que se possa fazer
uma aplicação de agrotóxicos de forma correta é necessário observar alguns
itens que são de suma importância:
- Importância econômica da cultura
- Máquinas disponíveis para a aplicação
- Tipo de disseminação dos patógenos.
- Condições climáticas favoráveis para os patógenos/ estádio fenológico da cultura.
- Se certificar de que não há outros meios de
controle que não seja o químico.
* Uma dica importante para a aplicação de
agrotóxicos é observar as faixas de classificação.
Amarelo: Altamente tóxico
Azul: Medianamente tóxico
Verde: Pouco tóxico.
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS DE
ACORDO COM O MODO DE AÇÃO.
PROTETORES OU DE CONTATO: Só são
eficientes se for usado preventivamente, ou seja antes do aparecimento da
doença, sendo direcionado ao hospedeiro, é muito importante que este não entre em contato
com a célula, pois poderá causar uma fitotoxicidade devendo permanecer na superfície da planta. Vale ressaltar que
aplicar um protetor com a doença em curso é cometer um erro técnico.
Os fungicidas protetores podem atuar como sistêmicos;
- Tratamento de sementes - O patógeno que está na semente será erradicado.
- Contra patógenos em árvores em condições de clima temperado, repouso vegetativo.
- Em patógenos superficiais a exemplo dos Oidios, com o fungicida protetor consegue erradicar o fungo da superfície da folha.
FUNGICIDAS SISTÊMICOS:
a) Penetração - No
primeiro passo da translocação o fungicida deve penetrar dentro da planta, seja
por via foliar, radicular, através do caule ou da semente.
b) Movimento dentro da
planta - Os fungicidas sistêmicos podem difundir-se passivamente através da
membrana celular. Após a penetração na planta, os fungicidas obrigatoriamente
penetram no xilema ou floema do sistema vascular para serem transportados tanto
por via foliar como radicular.
c) Toxicidade seletiva - A toxicidade seletiva é condição requerida aos
fungicidas sistêmicos, pois estes devem co-existir, em íntimo contato, com as
organelas e os sistemas bioquímicos das plantas. Esta propriedade varia com a
espécie de planta envolvida. A seletividade entre os sistemas do patógeno e da planta é devido a vários
fatores, entre os quais se destacam a sensibilidade diferencial das organelas
dos dois sistemas. Além dos fungicidas sistêmicos apresentarem seletividade
entre planta e fungo, podem ser seletivos também para fungos. Esta propriedade
não é evidente para os fungicidas protetores, mas é marcante entre os
sistêmicos. Os fungicidas sistêmicos podem ser específicos para determinados
grupos taxionômicos de patógenos e/ ou doenças.
c) Estabilidade
Metabólica - Quando o fungicida penetra nas células da planta, está sujeito a
degradação por muitas enzimas, devendo resistir a degradação para que seja
efeito. Isto quer dizer que o fungicida sistêmico, para ter sucesso na ação
contra uma doença, deve possuir uma estrutura química que permita sua entrada e
translocação na planta, sua penetração nas células da mesma, onde deverá
seletivamente inibir ou matar o patógeno, sem afetar a planta. Finalmente, seu
efeito na planta deve ser duradouro, sem se degradar, para manter a planta
sadia.
Quanto
a resistência cabe salientar que :
O
principal problema dos sistêmicos, é que provoca resistência dos patógenos aos
fungicidas.
No
caso dos protetores não existe resistência para esses fungicidas, pois estes
agem no hospedeiro.
Adaptação
para compensação: Um patógeno que é resistente a fungicida produz uma
quantidade maior de enzimas vitais. O fungicida chega mas não consegue eliminar
todas as enzimas.
Autor: Herbes Araújo ( Graduando em Engenharia Agronômica - UESB ).
Referências Bibliográficas :
Os Fungicidas Sistêmicos; Disponível em : http://www.uesb.br/utilitarios/modelos/monta.asp?site=fitopatologia&tex=ii_08_fungicida6.html Acessado em 01/10/2012
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