quinta-feira, 11 de abril de 2013

Lagarta Helicoverpa armigera, uma praga inesperada.

Por Herbes Araujo 
        Luan Santos 
Caros leitores, ultimamente tenho recebido vários e-mails, onde as pessoas me perguntam á respeito dessa nova espécie de lagarta que surgiu recentemente no País, assim como são inúmeras a reportagens relacionadas  a tal problema.
Para que eu possa falar sobre o assunto é importante voltar a um passado recente, no inicio do ano fui realizar um estágio em uma fazenda no oeste da Bahia, onde se cultiva Algodão e Soja para semente, neste estágio dentre as diversas atividades que fazíamos uma delas era o monitoramento de pragas e doenças. Bem apesar de sermos novatos na cultura da soja e do algodão, ao longo do estágio nos deparamos com muitos desafios dentre eles a Helicoverpa armigera, que em principio tratávamos como seria a Helicoverpa zea ou a Heliothis virescens, mediante as informações que nos foram passadas.


Ao longo desse período de estágio realizamos monitoramentos periódicos com intervalos entre talhões de 3 dias, uma vez que era encontrados altas porcentagens de lagartas pequenas, médias e grandes, vale resaltar que era realizadas pulverizações constantes  com os princípios ativos, Flubendiamida, Metomil dentre outros;  porém quando era feita a reentrada  nessa área , era notado que grande parte das lagartas não havia sido controlado, principalmente as médias e as grandes.  Visto que o problema só aumentava, então o foco do controle foi repensado desse modo à aplicação para lagartas grandes só contribuía para aumentar a resistência das mesmas tendo em vista que o controle se fazia ineficaz aumentando o custo de produção. O controle então era traçado em função dos ovos encontrados, que após 4 a 5 dias estes eclodiam então era realizado a pulverização para que pegasse a lagarta ainda pequena uma vez que essa ainda não possuía resistência.
Infelizmente o que não sabíamos assim como os outros produtores e profissionais da área é que estávamos diante de uma lagarta exótica que mais tarde seria considerada uma praga quarentenária A-1 onde as pragas Quarentenárias A1, são entendidas como aquelas não presentes no País, porém com características de serem potenciais causadoras de importantes danos econômicos, se introduzidas,  onde futuramente essa lagarta  traria  um prejuízo de mais de 1 bilhão de reais, contabilizando custos com o manejo para controle, bem como a diminuição na produção.
No momento o que mais se pergunta, é onde está o erro: a culpa seria do manejo das culturas ou da tecnologia dos cultivares?
Na minha opinião isso é meio difícil de se definir, quem realmente são os culpados, creio que há outras questões mais importante a ser tratadas no momento, como por exemplo os órgãos competentes juntamente com os produtores buscarem soluções conjuntas para que  a safra 2013/2014  os efeitos causadas por essa praga sejam bem menores uma vez que até lá esta já tenha sido mais estudada pelos especialistas. Outras medidas estão sendo pensadas como a continuação do uso de um produto importado liberado recentemente pelo governo brasileiro e que já é adotado no controle da lagarta em países como os Estado Unidos, Japão, União Europeia e África, vale ressaltar que deve ser adotado o manejo correto para o uso de tal tecnologia para que se possa evitar que ocorra o surgimento de populações de lagartas resistentes a inseticidas e principalmente as tecnologias Bts disponíveis no mercado.

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