Luan Santos
Caros leitores,
ultimamente tenho recebido vários e-mails, onde as pessoas me perguntam á
respeito dessa nova espécie de lagarta que surgiu recentemente no País, assim
como são inúmeras a reportagens relacionadas
a tal problema.
Para que eu possa
falar sobre o assunto é importante voltar a um passado recente, no inicio do
ano fui realizar um estágio em uma fazenda no oeste da Bahia, onde se cultiva
Algodão e Soja para semente, neste estágio dentre as diversas atividades que
fazíamos uma delas era o monitoramento de pragas e doenças. Bem apesar de
sermos novatos na cultura da soja e do algodão, ao longo do estágio nos
deparamos com muitos desafios dentre eles a Helicoverpa
armigera, que em principio
tratávamos como seria a Helicoverpa zea ou a Heliothis virescens, mediante as
informações que nos foram passadas.
Ao longo desse período de estágio realizamos monitoramentos periódicos com intervalos entre talhões de 3 dias, uma vez que era encontrados altas porcentagens de lagartas pequenas, médias e grandes, vale resaltar que era realizadas pulverizações constantes com os princípios ativos, Flubendiamida, Metomil dentre outros; porém quando era feita a reentrada nessa área , era notado que grande parte das lagartas não havia sido controlado, principalmente as médias e as grandes. Visto que o problema só aumentava, então o foco do controle foi repensado desse modo à aplicação para lagartas grandes só contribuía para aumentar a resistência das mesmas tendo em vista que o controle se fazia ineficaz aumentando o custo de produção. O controle então era traçado em função dos ovos encontrados, que após 4 a 5 dias estes eclodiam então era realizado a pulverização para que pegasse a lagarta ainda pequena uma vez que essa ainda não possuía resistência.
Infelizmente o que
não sabíamos assim como os outros produtores e profissionais da área é que
estávamos diante de uma lagarta exótica que mais tarde seria considerada uma
praga quarentenária A-1 onde as pragas Quarentenárias A1, são entendidas
como aquelas não presentes no País, porém com características de serem potenciais
causadoras de importantes danos econômicos, se introduzidas, onde futuramente essa lagarta
traria
um prejuízo de mais de 1 bilhão de reais, contabilizando custos com o
manejo para controle, bem como a diminuição na produção.
No momento o que
mais se pergunta, é onde está o erro: a culpa seria do manejo das culturas ou
da tecnologia dos cultivares?
Na minha opinião
isso é meio difícil de se definir, quem realmente são os culpados, creio que há
outras questões mais importante a ser tratadas no momento, como por exemplo os
órgãos competentes juntamente com os produtores buscarem soluções conjuntas
para que a safra 2013/2014 os efeitos causadas por essa praga sejam bem
menores uma vez que até lá esta já tenha sido mais estudada pelos
especialistas. Outras medidas estão sendo pensadas como a continuação do uso de um produto importado liberado recentemente
pelo governo brasileiro e que já é adotado no controle da lagarta em países
como os Estado Unidos, Japão, União Europeia e África, vale ressaltar que deve ser adotado o manejo correto para o uso
de tal tecnologia para que se possa evitar que
ocorra o surgimento de populações de lagartas resistentes a inseticidas e
principalmente as tecnologias Bts disponíveis no mercado.
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