por Leonardo Gottems
Produtores rurais de todo o Brasil estão recorrendo a vespas do gênero Trichogramma spp para combater a Helicoverpa armigera. O inseto é minúsculo (tem 0,25 mm de comprimento), e impede que as lagartas nasçam parasitando as larvas recém postas.
“A mariposa coloca o ovo na plantação. A vespa encontra esse ovo e deposita o seu dentro dele. Assim, nascerá uma vespa em vez de outra lagarta”, explica Diogo Rodrigues Carvalho. Ele é engenheiro agrônomo e diretor da empresa Bug Agentes Biológicos, que desenvolve insetos para controle de pragas em Piracicaba (SP).
As vespas são multiplicadas em laboratório, e transportadas em forma de pupa acondicionadas em cápsulas dentro de cartelas. “Os insetos são enviados para o cliente dois dias antes do nascimento”, diz Carvalho. Ele conta que sua produção aumentou em 30%, e que tem capacidade diária de produção de 133 milhões destes insetos.
Segundo o engenheiro agrônomo, as vespas do gênero Trichogramma combatem lagartas na soja, milho, algodão e cana-de-açúcar em todo o Brasil. Nos últimos três anos, já despachou insetos para mais de 1,5 milhão de hectares, sendo necessárias 100 mil vespas para cada, ao preço de R$ 30 por hectare.
Diogo Rodrigues Carvalho garante que não há chance de uma infestação destes insetos, pois eles atacam somente ovos de borboletas e mariposas. Quando essas são eliminadas, a população de vespas acaba diminuindo por falta de hospedeiros. “Quando a colheita é realizada, as vespas acabam sendo retiradas com a plantação”, conclui.
Fonte: Agrolink
Nenhum comentário:
Postar um comentário