sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Etanol de tequila pode ser solução para o Nordeste, acredita Ministro

Em viagem à Austrália, ministro Fernando Bezerra Coelho conhece a agave, planta usada para produzir tequila e biocombustível

por Viviane Taguchi
   Divulgação 
 
A agave, matéria-prima da tequila, já é utilizada como fonte energética para a produção de etanol na Austrália
A agave, planta utilizada para a produção da tequila, bebida típica mexicana, pode ser usada também para a produção de biocombustível no Brasil, acredita o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. O ministro e uma comitiva do ministério estão na Austrália, país que já utiliza a planta como matéria-prima do etanol. Coelho acredita que a planta poderia ser uma alternativa viável para a produção de etanol na região Nordeste. 



Para viabilizar a utilização da planta como fonte energética, o ministério, através da
Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codesvasf) vai buscar parcerias com a Embrapa para elaborar pesquisas mais aprofundadas sobre o cultivo da agave no Brasil. Dados coletados pelos técnicos da comitiva indicam que a planta, quando cultivada para a produção do biocombustível, apresenta produtividade por hectare superior à da cana-de-açúcar.

Outra vantagem, segundo a comitiva do Ministério da Integração Nacional, é o que o agave possui
aptidão para regiões de clima semi-árido.

Além de tomar conhcimento sobre pesquisas de novas matérias-primas que poderiam estimular a produção brasileira de etanol, a comitiva do Ministro Fernando Bezerra Coelho visitou propriedades australianas em busca de novas técnicas de uso sustentável de água e como elas poderiam ser aplicadas na agricultura brasileira. Nesta quarta-feira (24/08), a comitiva conheceu as instalações de infraestrutura hídrica e de
cultivo de cana-de-açúcar e hortaliças em Ayr, cidade próxima a Townsville, na região Nordeste da Austrália.

Nesta região, a produção de cana-de-açúcar é superior a 200 toneladas por hectare. "Aqui, podemos ver alternativas interessantes e úteis de manejo de água com o emprego de técnicas baratas e, ao mesmo tempo,inovadoras", destacou o ministro. Segundo ele, na Zona da Mata do Nordeste, a produtividade de cana-de-açúcar é de 70 a 80 toneladas por hectare. No Vale do São Francisco,

porém, existem propriedades que alcançam 125 toneladas de cana por hectare, como no caso da Agrovale.

A comitiva do Ministério da Integração Nacional viajou à Austrália a convite do Banco Mundial. A viagem, segundo a assessoria do ministro, termina nesta sexta-feira (26/08).

Nenhum comentário:

Postar um comentário