quinta-feira, 8 de março de 2012

Apicultora é exemplo de produção de mel no semiárido da Bahia




Há três anos a agricultora familiar do distrito de Riacho Grande, em Casa Nova, Silvia Brasil, 42, e seu marido, José Carlos Brasil, 44, após uma oficina sobre apicultura, realizado pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura, decidiram incorporar em suas atividades no campo, além da tradicional caprinovinocultura, a apicultura.

Atualmente, a família de Sílvia Brasil atinge excelentes resultados de produção, chegando ao patamar de 2,5 toneladas de mel por ano. Devido ao grande sucesso na atividade, a agricultora familiar tornou-se uma multiplicadora de conhecimentos apícolas em sua comunidade. Mas nem sempre foi assim, antes da apicultura, a agricultora familiar trabalhava apenas com culturas de subsistência, sem resultados expressivos.


Segundo a apicultora, ainda em 2009, foram realizados mais dois cursos apícolas pela EBDA, onde um deles orientava sobre a elaboração de projetos de investimentos, para início de um empreendimento agrícola. "Logo procurei um banco e financiei, junto com meu marido, 60 colméias, que geraram, de início, 200 quilos de mel", comentou a apicultora.

No ano seguinte, com a mesma quantidade de colmeias, a produção da propriedade foi de 1,2 mil quilos de mel. "Hoje, mais qualificada na atividade, já consigo produzir o dobro de mel, com as mesmas 60 colmeias, e com certeza a apicultura é para a minha família, a principal atividade de geração de renda," afirmou Silvia Brasil.

Lembra o marido da apicultora, José Carlos, que em três anos a atividade viabilizou a construção de uma casa para a família. "Antes, morávamos na casa da minha sogra; com o aumento das vendas do mel e da cera, a valores justos, conseguimos construir nosso próprio lar, além de compramos televisão, geladeira, antena parabólica e até troquei minha moto por uma mais nova" disse Carlos Brasil.

De acordo com o técnico da EBDA, José Fernandez, essas conquistas só foram possíveis devido à melhoria na qualidade da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) prestada pela empresa, e a valorização dos produtos apícolas. "Com uma Ater de qualidade e com o valor do quilo do mel girando em torno de R$ 4,30, o resultado para a apicultora não poderia ser melhor. Com a produção da família Brasil, em torno de 2,5 toneladas de mel, a renda gerada é de aproximadamente R$ 10,750 mil, o que proporciona uma lucratividade considerável a família", comentou o técnico.

Fernandez também informou que, após estudos sobre a atividade, e de acordo com as peculiaridades da região, para potencializar a qualidade de vida do sertanejo, a apicultura é uma das atividades com o melhor custo benefício, para investimento da agricultura familiar. Para atingir a este objetivo, a empresa passou a intensificar as ações de apicultura, através de capacitações e dias de campo, inclusive com a participação de Sílvia Brasil. "O sucesso foi imediato e pode ser sentido esse ano, onde a produção de mel, na região, foi potencializada em 89%, em relação ao ano passado", comentou o técnico.

O casal tem uma filha, a pequena Lorena Azevedo, 6 anos, que já decidiu também ser apicultora. "Eu gosto muito das abelhas; tenho até minha roupa de apicultora para ajudar meus pais. Quando eu crescer terei minhas próprias colmeias" afirmou Lorena.

FONTE

Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
Assessoria de Imprensa da EBDA
Telefone: (71) 3116-1803

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