Uma nova forma de cultivar forrageira do gênero Brachiária vem sendo lançada no mercado e está sendo apresentada como “capim-brachiária Mulato 2”, renomeada recentemente como “ Convert HD-364”, cuja espécie é objeto de estudo em pesquisas desenvolvidas no campus da Uesb de Itapetinga. O projeto é desenvolvido em parceria com a empresa multinacional Dow Agroscience, líder do mercado mundial de agroquímicos, e é realizado na Universidade sob a coordenação dos professores Márcio dos Santos Pedreira e Carlos Alberto de Miranda Peixoto, do Departamento de Tecnologia Rural e Animal (DTRA).
O trabalho surgiu com um material proveniente do México, há aproximadamente quatro anos, quando foi lançado comercialmente o “capim-brachiaria Mulato1”, que é uma brachiaria híbrida. Com a evolução desta, surgiu o “capim-brachiaria Mulato 2”, ou “Convert HD364”, que foi obtido pelo Projeto de Forragens Tropicais do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), fruto da seleção das progênies de três gerações de cruzamentos entre Brachiaria Ruziziensis x Brachiaria Decumbens xBrachiaria Brizantha, considerada uma das sementes forrageiras mais avançadas voltadas para a formação de pastos.
Os estudos estão sendo realizados em áreas de pastagens não só do campus da Uesb, mas em fazendas particulares da região, para não limitar a área de pesquisa e comprometer os resultados. O objetivo é avaliar o desempenho desta forrageira híbrida em termos de morfologia, viabilidade das sementes e germinação, observando também o desempenho do animal pelo ganho de peso ou produção de leite. De acordo com o professor Carlos Alberto Peixoto, os primeiros resultados em termos de morfologia de planta são satisfatórios. “Mas temos que avaliar a produção de massa no período chuvoso e também no período seco do ano, o que de fato interessa ao produtor rural. Também há pretensão de verificar o que acontece em termos de sementes viáveis produzidas”, complementa.
Um aspecto que era desconhecido da própria empresa e chamou a atenção dos pesquisadores em termos de morfologia foi a presença de rizoma nesta forrageira, que é um caule subterrâneo. “Temos constatado que plantas com esta estrutura morfológica toleram mais os períodos com déficit hídrico, posto que este seja um campo de reserva, nos dando a entender que este híbrido tetraplóide irá suportar mais os períodos de seca quando conduzidos sob manejo adequado, o que permitirá maior persistência da área de pasto, sendo importante diante das adversidades climáticas pela qual a região convive”, explica Peixoto.
Assessoria de Comunicação |
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