segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Biodecompositor simples e barato garante adubo para a horta e a lavoura

Em Santa Catarina, um modelo de biodecompositor prático, barato, fácil de fazer e que ocupa pouco espaço tem chamado a atenção no campo e até na cidade. Nesse sistema, a compostagem é realizada dentro de uma bombona plástica tampada. "Todo o processo acontece em ambiente fechado, o que evita o mau cheiro e a propagação de parasitas e insetos", explica Luciana Mees, extensionista da Epagri no Escritório Municipal de Ouro Verde.

Para construir o equipamento são usados uma bombona plástica de 200 litros com tampa rosqueável, a metade inferior de outra bombona, uma torneira com flange, um pedaço de cano e pedaços de sombrite. O biodecompositor custa cerca de R$ 75,00 se for necessário comprar todos os materiais.

A fabricação é simples. Com uma furadeira, são feitos vários furos no fundo da bombona inteira, como se fosse uma peneira. Em seguida, ela é encaixada dentro da outra metade. No fundo da bombona furada são colocados pedaços de sombrite. "O chorume, líquido que escorre do material orgânico, passa pelos furos da bombona inteira e fica armazenado no recipiente de baixo. O sombrite impede que o material entupa os furos", explica a extensionista.


O passo seguinte é instalar uma torneira na parte inferior da meia bombona, que é por onde o chorume será retirado. Perto da tampa da bombona superior, instala-se um pedaço de cano por onde sairão os gases do processo de compostagem. Para evitar a entrada de insetos, é importante fixar um pedaço de tela na ponta do cano.

Os materiais orgânicos são colocados no biodecompositor, que deve ser mantido tampado. "O adubo está pronto quando está praticamente sem cheiro, com aparência de húmus. Ele deve ser incorporado à terra dos canteiros", explica Luciana. Em cerca de 15 dias o chorume não é mais poluente e também pode ser usado na fertilização das plantas.

Merenda da horta

Na Escola Municipal Benvenutto Tacca, em Ouro Verde, 66 alunos do quarto e do quinto ano participaram da construção de dois biodecompositores durante as aulas de educação ambiental. Hoje eles usam os equipamentos para cuidar da horta onde são produzidos alimentos como alface, repolho, beterraba, temperos e chás para a merenda. "Os alunos veem na prática o que aprendem na sala de aula, se sentem motivados a fazer a sua parte e levam as ideias para casa", conta a extensionista.

Mais informações

Extensionista Luciana Mees 
Telefone: (49) 3447-0007
E-mail: lucianas@epagri.sc.gov.br

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