sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Kit agrônomo

 Áureo Lantmann e o kit agrônomo

Caneta, papéis, gravador, notebook. Ítens considerados – por nós, jornalistas – como ferramentas essenciais para o desempenho da profissão no dia a dia. Afinal, com estes equipamentos em mãos, nenhuma informação ou percepção que chamem atenção irão cair no esquecimento. Quaisquer pensamentos, ideias ou sugestões poderão ser anotadas para que depois venham a ser transformadas em possíveis reportagens.
Para profissionais de outras áreas os instrumentos “companheiros” são diferentes, mas igualmente importantes. O engenheiro agrônomo Áureo Lantmann que o diga! Desde o primeiro dia de expedição, nosso consultor não se desgruda de uma sacola recheada de “parafernálias”. Dependendo da condição da lavoura que estamos visitando, lá vai ele até o carro para buscar um ou outro equipamento (ou ás vezes até a sacola completa) para avaliar com mais precisão o que está acontecendo na área. Logo no início perguntamos o que ele carregava de tão importante naquela sacola... a resposta foi direta: “é o kit agrônomo, indispensável para quem vai para o campo!”


O kit, como diz Lantmann, é simples: lupa, canivete, faca, trena, pá e um ímã. Cada um com uma função importante, capaz de solucionar várias dúvidas que podem surgir durante a análise de uma plantação. A lupa é fundamental na identificação de doenças, como a ferrugem, por exemplo. Sem ela, o agrônomo corre o risco de se enganar na avaliação mais detalhada das plantas, o que pode prejudicar o diagnóstico. Já o canivete e a faca tem uma função mais ampla, mas normalmente são usados na abertura das hastes das plantas para conferir com mais precisão as condições sanitárias, identificando a presença de lesões e doenças. A trena – normalmente usada na construção civil e marcenaria – também tem função no campo. Ajuda a medir o stand da lavoura, ou seja, o número de plantas por metro linear. Já a pá é usada para remover o sistema radicular das plantas sem danificá-lo, além de contribuir nas análises de distribuição de adubos e do perfil do solo. Para completar o kit um ímã (aliás, a última peça a integrar o rol de equipamentos). Ele ajuda a reconhecer (de maneira pouco técnica, é verdade) se o solo tem característica férrea. O teste é simples. Se o solo tiver muito ferro, basta aproximar o ímã do chão para observar algumas partículas “decolando” até grudarem na peça.
Como o ritmo da nossa expedição é intenso e o foco é justamente a observação de muitas lavouras, o kit agrônomo está sendo utilizado com bastante frequência. Chegamos ao ponto em que até nós, jornalistas da área rural, reconhecemos a sua importância e passamos a nos perguntar como é que – depois de tantos anos de cobertura diária do agronegócio – ainda não montamos um conjunto de ferramentas parecido com este.

Postado por Luiz Patroni, às 8:35

Fonte: Soja Brasil

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