segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Conab vai estabelecer preço mínimo para algodão colorido

   Waltemilton Cartaxo

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Conab vai estabelecer preço mínimo para algodão colorido
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está levantando informações para estabelecer o custo de produção do algodão colorido e implantar a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a cultura. O objetivo é promover a estabilização da cadeia produtiva assegurando a garantia de compra aos produtores da fibra. A previsão dos técnicos da Conab é que a PGPM do algodão colorido seja inserida até o mês de abril.
Para realizar o cálculo do custo de produção do algodão colorido no estado da Paraíba, técnicos da Conab visitaram municípios produtores na última semana. Na ocasião, eles se reuniram com agricultores e representantes de cooperativas agrícolas, da Embrapa Algodão e da Emater, além de agentes financeiros.

Entre as informações solicitadas estão a disponibilidade de sementes, área plantada no passado, área, produção e produtividade nos últimos cinco anos. Após a finalização do estudo, será enviada uma proposta de preço mínimo para os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fazenda.
Durante o encontro com os profissionais da Embrapa Algodão o gerente de Fibras e Produtos Especiais e Regionais da Conab, Djalma Fernandes, explicou que a política de preço mínimo deve contribuir para alavancar a cadeia produtiva do algodão colorido. “Com essa política o produtor terá um colchão, uma garantia mínima de preço e isso será muito bom, pois ele irá se sentir seguro para plantar, além de impulsionar a cadeia por meio dessa participação do governo”, analisou.
O gerente de Custos de Produção da Conab, Asdrúbal Jacobina, também acredita que a definição de um preço mínimo terá impacto positivo no mercado. “O agricultor já sabe que com o preço mínimo, mesmo que ele não consiga comercializar sua produção, poderá vender para o governo. Então, se o preço de mercado tiver abaixo do preço mínimo e anunciarmos que iremos atuar no mercado, o preço já sobe e aí a iniciativa privada aumenta seu preço. Muitas vezes, não é necessária a intervenção governamental, pois próprio o mercado se ajusta”, afirmou.
O representante da Associação da Indústria do Vestuário da Paraíba, Napoleão Nunes, espera que com a inserção do algodão colorido na PGPM não falte mais matéria-prima para a industrial têxtil. “Nós que estamos na ponta da cadeia sofremos muito com a falta do material. Dessa forma, esperamos que com o preço mínimo sendo estabelecido, o produtor volte a ser incentivado a produzir e consequentemente não faltará material na cadeia”, declarou.
Segundo dados apurados pela Conab a área plantada com algodão colorido na Paraíba já chegou a cerca de 1.800 hectares, em 2001, mas, nos cinco últimos anos essa área se estabilizou em torno de 400 hectares (com exceção da última safra que, em função da seca, foi de apenas 60 hectares).
Edna Santos ( MTB-CE 01700 JP)
Embrapa Algodão
Contato: (83)3182-4361
edna.santos@embrapa.br

Fonte: Embrapa

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