segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Criação de peixes: diferença entre monocultivo e policultivo


A criação de peixes pode ser feita em monocultivo, na qual se cria apenas uma espécie de peixe, ou em policultivo, na qual se aproveita todo o potencial produtivo existente. 

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O Brasil tem um grande potencial hídrico, o que facilita a produção de peixes, que pode ser feita em monocultivo ou policultivo
criação de peixes é uma atividade que requer alguns cuidados especiais, mas isso não significa que seja uma tarefa difícil. Além disso, o Brasil tem um grande potencial hídrico, o que facilita a produção de peixes; além do clima predominantemente tropical, que é favorável ao rápido crescimento dos peixes, o país possui muitas espécies nativas de peixes com potencial para a criação em cativeiro, entre outras características favoráveis. No que tange à criação, abordaremos dois tipos principais:o monocultivo e opolicultivo.

Monocultivo
O monocultivo é a forma de criação de peixes mais adotada no país, principalmente, nos sistemas semi-intensivo e intensivo; é caracterizado pela criação de apenas uma espécie de peixe em um determinado tanque. Em geral, é utilizado em águas correntes, onde existe limitação de alimento natural e em locais onde não existe oferta de alevinos de diferentes espécies. Comparativamente, é menos recomendável que o policultivo. Os peixes mais indicados para o monocultivo são o pacu e o tambacu, mas não há restrições da utilização de outras espécies nessa forma de criação.
Basicamente, existem dois tipos de monocultivo, quanto ao tipo de despesca. No primeiro, é feito um peixamento e, após um período de aproximadamente um ano, é feita uma despesca total com esvaziamento dos tanques; este é o processo mais recomendado. O segundo método consiste em proceder o peixamento e, após um período um pouco mais curto que o anterior, são feitas despescas seletivas com auxílio de arrastões de malhas apropriadas e capturados somente peixes com peso acima do exigido pelo mercado.
Policultivo
O policultivo é a criação de várias espécies de peixes em um mesmo tanque, visando maximizar o aproveitamento de todo potencial produtivo deste; para isso, as espécies devem ter hábitos alimentares diferentes entre si, evitando, dessa forma, a competição pelo mesmo tipo de alimento. Assim, deve-se ter uma espécie que se alimenta de ração, outra de zooplâncton, outra de fitoplâncton, uma de organismos bentônicos e, ainda, uma que se alimente de vegetais superiores.  As principais espécies cultivadas por essa prática e seus hábitos alimentares são: a carpa comum, o pacu, a carpa capim, a carpa prateada, a carpa cabeça-grande, o curimbatá e a tilápia.
No tanque de policultivo, deve-se fornecer ração cuja quantidade seja calculada como sendo 3 a 5% da biomassa das espécies que dela efetivamente se alimentam. Outra observação feita em tanques de policultivo é o efeito aditivo ou sinérgico das espécies.
Na inclusão de peixes carnívoros em sistemas de policultivo, sem que haja uma espécie forrageira (a que se reproduz no tanque), o piscicultor deverá se certificar de que esta espécie se alimenta também de alimentos inertes, como restos de abatedouros, que serão utilizados após serem picados, sempre em pequenas quantidades, para evitar deteriorar a qualidade da água do tanque.

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