sábado, 2 de fevereiro de 2013

Plantio direto: do que se trata?


Conheça o conceito básico do plantio direto

Por Beatriz Lazia
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O sistema de plantio direto de pastagens tem oferecido ainda, como vantagem, uma maior rapidez na renovação dos pastos

plantio direto é uma técnica de cultivo na qual procura-se manter o solo sempre coberto por resíduos vegetais e sem revolvimento. Sendo este preparado apenas na região de semeadura, sua semente é colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato desta com a terra.
Até pouco tempo atrás, o plantio direto era conhecido e utilizado apenas no Sul do país, mas, atualmente, esse sistema se consolidou como uma tecnologia aceita e utilizada pelos agricultores de todo o Brasil, podendo ser empregado tanto em grandes áreas de cultivo como em pequenas propriedades.
O que explica esse rápido crescimento desse sistema de plantio direto na palha são as diversas vantagens com relação ao preparo convencional, no que se refere a maior sustentabilidade da produção agropecuária, com um menor custo de preparo do solo, maior infiltração e armazenamento de água, drástica redução da erosão e assoreamento de mananciais de água, entre outros.



Por outro lado, o sistema de plantio direto na palha requer assistência técnica especializada, além de palhada para cobertura do solo e da rotação de culturas, que vai facilitar o manejo de plantas daninhas, pragas e doenças. Assim, muitas áreas de pastagem têm sido introduzidas em áreas anteriormente destinadas a cultivos agrícolas, por alguns anos, com o objetivo de promover a rotação de culturas e, também, culturas agrícolas sendo introduzidas em áreas de pastagens.  A rotação entre cultivos agrícolas e pastagens, denominada integração lavoura-pecuária, viabiliza o sistema de plantio direto na palha, empregando, com eficiência, a rotação de culturas e aumentando a cobertura morta (pastagens dessecadas).
Quando a palha permanece sobre a superfície do solo, da mesma forma como ocorre na natureza, ela passa a proteger o solo contra a radiação solar direta e o impacto das gotas de chuva, além de propiciar a retenção de umidade, o controle de plantas daninhas e a reciclagem de nutrientes. Uma dúvida frequente, entre técnicos e produtores que estão iniciando trabalhos nesse tipo de sistema, é com relação à compactação do solo, uma vez que um dos princípios desse sistema é o não revolvimento do solo.
No entanto, tem-se verificado que não existe, praticamente, problema de compactação, uma vez que as raízes das plantas que foram dessecadas e/ou das culturas que foram colhidas, ao se decomporem, deixam, no solo, espaços vazios que vão formar canalículos por onde a água vai infiltrar.
Quanto às técnicas convencionais de formação de pastagens cultivadas, além delas contribuírem para um incremento da erosão, na fase de instalação das plantas, já que existem revolvimento do solo, elas também representam um alto custo para o pecuarista. Por isso, o plantio direto, difundido inicialmente na agricultura, onde conta com um crescente número de adeptos, tem trazido uma série de benefícios para os pecuaristas, evitando a erosão, melhorando a estrutura e fertilidade do solo, facilitando o manejo e o controle da presença de invasores e reduzindo, significativamente, o custo de produção.
O sistema de plantio direto de pastagens tem oferecido ainda, como vantagem, uma maior rapidez na renovação dos pastos, contribuindo para uma melhora na eficiência da atividade pecuária, para o aumento da produção de carne e leite por área e por aumento da taxa de lotação. A implantação da pastagem nesse sistema de plantio na palha pode ser feita em consorciação com culturas anuais para amenizar os custos de formação ou também pode ser feita em monocultivo.


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