terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Frete deve pressionar custos dos principais insumos agropecuários


A alta dos preços do óleo diesel anunciada na semana passada pelo Governo Federal e o aumento das despesas com transporte por causa da nova lei do caminhoneiros devem pressionar os custos dos principais insumos agropecuários em 2013. A afirmação é diretor técnico da Associação Brasileiro do Agronegócio (Abag) e presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, vinculada ao Ministério da Agricultura, Luiz Antonio Pinazza.

Segundo o dirigente, os dados preliminares apresentados nesta segunda, dia 4, na primeira reunião da câmara, mostram que os desempenhos das indústrias de insumos acompanham o crescimento da produção agropecuária brasileira. O setor de fertilizantes no ano passado teve entregas recordes estimadas em 30 milhões de toneladas. O de defensivos teve faturamento de R$ 17 bilhões.

Na avaliação de Pinazza, o principal entrave para o agronegócio brasileiro continua sendo a questão logística, pois "nos últimos cinco anos a produção de grãos aumentou em 50 milhões de toneladas, enquanto a infraestrutura para escoar a safra e transportar insumos até o campo continua a mesma". Ele observa que a nova lei dos caminhoneiros, que instituiu o descanso a cada 4 horas de viagem e repouso de 11 horas ao fim da jornada, implica na contratação de mais 50 mil caminhoneiros pelas transportadoras.

Pinazza calcula que somente o aumento da produção de grãos nesta safra implica na contratação de mais 20 mil caminhões, enquanto o licenciamento de novos veículos no ano passado caiu 30% em relação ao ano anterior. Ele observa que nos últimos meses os valores dos fretes agrícolas nas principais rotas aumentaram 30%, por conta do aumento da demanda, e a perspectiva é de novas altas por causa da alta do preço do diesel e da nova Lei dos Caminhoneiros.

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