
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) encontraram, no trato intestinal de larvas do besouro crisomelídeo, uma nova espécie de levedura do gêneroPseudozyma capaz de metabolizar açúcares de cinco carbonos e de secretar uma enzima de interesse, xilanase, em grande quantidade.
A classe da enzima produzida pela Pseudozyma brasiliensis sp.nov, nome proposto para a nova espécie, tem alto potencial biotecnológico. Ela poder ser usada na degradação da fibra do bagaço da cana para a conversão de etanol de segunda geração, bem como na indústria de papel, alimentícia e de ração animal. Também serve à produção de xilitol e xilooligossacarídeos.
A pesquisadora Juliana Velasco de Castro Oliveira, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), pertencente ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), explica que a atividade xilanolítica da P. brasiliensis foi cerca de 20 vezes superior a do Aspergillus niger, fungo notoriamente reconhecido pela expressão desse tipo de enzima.
"A xilanase desta levedura, denominada PbXynA, possui uma atividade específica maior que a de qualquer outra similar já descrita", informa. Esse fato pode representar um avanço considerável em um dos principais entraves tecnológicos da produção de etanol de segunda geração, que é a construção de coquetéis enzimáticos eficazes na degradação da biomassa.
FONTE
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais
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