terça-feira, 5 de julho de 2011

Produtores já podem encomendar sementes da variedade de dendê BRS Manicoré

Material desenvolvido pela Embrapa pode render até 30 toneladas de cacho por hectare ao ano

por Globo Rural On-line
Ernesto de Souza 
 
Cerca de seis milhões de sementes pré-germinadas e mudas de pré-viveiro do híbrido BRS Manicoré serão oferecidas no próximo ano aos agricultores interessados em produzir dendê. A cultivar foi desenvolvida pela Embrapa Amazônia Ocidental e as sementes da palma de óleo já estão sendo produzidas nos campos de produção da Embrapa Transferência de Tecnologia, em Rio Preto da Eva (AM) e da Denpasa Tecnologia, no Pará.

O híbrido de dendê BRS Manicoré foi lançado pela Embrapa no ano passado. A cultivar foi desenvolvida a partir do cruzamento entre o dendezeiro de origem africana (
Elaeis guineensis) e o originário na região amazônica, o caiaué (Elaeis oleifera). Umas de suas principais características é a resistência ao amarelecimento fatal (AF), distúrbio fisiológico, de causa ainda desconhecida, fatal para o cultivo dessa palmeira. Isso torna o BRS Manicoré ideal para regiões indicadas como preferenciais ao plantio da palma de óleo pelo zoneamento climático.

Segundo o diretor da Denpasa, Roberto Yokoyama, os produtores interessados em cultivar o BRS Manicoré devem encomendar as sementes nos próximos meses, para que a entrega seja realizada a tempo do plantio da próxima safra.


Detalhes do cultivo

Para que o BRS Manicoré atinja todo seu potencial é necessário que seja feita a polinização assistida, o que garante a produção de até 30 toneladas de cacho por hectare ao ano. Sem a polinização assistida, a variedade produz, em média, cinco toneladas de cachos por hectare ao ano.

O diretor da Denpasa afirma que a colheita dos cachos de dendê no ponto certo de maturação irá permitir o aumento da extração de óleo de palma de 15% para 22% na usina. O óleo de palma é considerado alternativa para a produção de biodiesel e é um dos óleos vegetais mais comercializados no mundo.

A colheita comercial começa a partir do quarto ano e se prolonga por 14 anos. A produção da planta se estabiliza após seis ou sete anos. Quando a planta atingir essa idade, o agricultor poderá retirar de 20 a 30 toneladas de cachos por hectare ao ano e garantir uma renda líquida mensal de cerca de R$ 2.250 a cada dez hectares produzidos.

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