Agricultores têm que limpar e devolver as embalagens aos comerciantes, que as entregam aos fabricantes
por Agência Brasil
O retorno e tratamento ambientalmente adequado de embalagens de agrotóxicos são obrigatórios há dez anos (Foto: Shutterstock)
Um estudo encomendado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV) mostra que, desde a criação do Sistema Campo Limpo, dereciclagem de embalagens de agrotóxicos, há dez anos, 250 mil toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser emitidas no meio ambiente.
“Retiramos, entre 2002 e 2010, mais de 215 mil toneladas de embalagens que antes ficavam no campo podendo causar problemas ao meio ambiente e a saúde humana. Como osagricultores não tinham solução para o problema,colocavam fogo em quase 70% das embalagens”, disse Rando.
O retorno e tratamento ambientalmente adequado de embalagens de agrotóxicos são obrigatórios há dez anos. Desde que foi criado, o sistema de reciclagem envolve responsabilidades de todos os setores envolvidos.
Agricultores têm que limpar e devolver as embalagens aos comerciantes, que as entregam aos fabricantes. Os produtores levam o material até unidades de reciclagem. “Para fazer com que tudo aconteça, o sistema emprega 2 mil pessoas, trabalhadores das unidades de recebimento de embalagens e das recicladoras”, disse o agrônomo João Cesar Rando. Segundo ele, existem 421 unidades de recebimento do produto espalhadas em 25 estados e no Distrito Federal.
A maior parte das embalagens destinadas à reciclagem é transformada em novas embalagens utilizadas pelos próprios fabricantes de agrotóxicos e defensivos.
As unidades responsáveis pelo reaproveitamento do material produzem outros 20 tipos de produtos, como tubos para fiação, para cabos subterrâneos e tubos para irrigação. “Os recicladores comercializam estes produtos. Não temos os números, mas é uma atividade econômica para eles”, garantiu.
Fonte: Globo Rural
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