Para obtenção de frutas de qualidade, um dos pré-requisitos essenciais é a utilização de mudas
de alta qualidade genética e sanitária.
Foto: Stock Photos / Divulgação
Cultivo do morango em estufa pode ser alternativa rentável para os pequenos produtores
O cultivo do morango em estufa pode se tornar uma alternativa para os pequenos produtores. Em São João do Polêsine, na região Central do Rio Grande do Sul, prática está dando bons resultados.
– A produção de morangos não costuma ser tarefa fácil por apresentar muitas variações ao longo de seu ciclo. Mas a entrada de novas mudas no mercado brasileiro, sobretudo do Chile, que produz as melhores mudas de morango do mundo, tem incentivado os agricultores a investirem na cultura dessa fruta – explica a extensionista do escritório da Emater/RS-Ascar de São João do Polêsine, engenheira agrônoma Flávia Kaufmann Sanboranha.
Em Vale Vêneto, interior do município, a agricultora Nadir Soares Pozzebon, assistida pela Emater/RS-Ascar desde 2007, quando começou a plantar morangos na horta doméstica, é pioneira no cultivo em estufa. Neste ano, a produtora plantou cerca de oito mil pés das variedades San Andreas, Camino Real, Camarosa e Belicia, todas importadas do Chile, numa área de 0,5 hectare, e já colheu mais de 400 quilos da fruta.
– Os produtores estão se interessando pelo cultivo de morango porque é uma cultura que se colhe todo dia e praticamente o ano todo. O retorno é quase que imediato, porque o produtor planta a muda no mês de maio e por setembro ou outubro ele já está colhendo. Só para de produzir quando começam as geadas. Cada muda produz por três anos, depois deve ser substituída por uma muda nova. Além disso, tem grande rentabilidade (224%) quando comparada a outros cultivos, como por exemplo o milho (72%) – explica o assistente técnico de fruticultura do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, engenheiro agrônomo Alfredo Schons.
Conforme Schons, o período preferencial para plantio é no inverno, entre julho e agosto, para obter a primeira colheita que varia entre agosto a dezembro em regiões mais frias, como o Sul do Brasil. Segundo ele, a produção de morangos no sistema semi-hidropônico se diferencia do sistema convencional (cultivo em solo) por utilizar estrutura de ambiente protegido (estufa alta), bancadas, substrato, fertirrigação e uso reduzido de agroquímicos, o que garante a obtenção de frutas de alta qualidade e seguras para o mercado consumidor.
– O sistema facilita a adoção de princípios de segurança dos alimentos, possibilitando a maior aceitação dos morangos pelo consumidor – afirma Alfredo.
Para obtenção de frutas de qualidade, um dos pré-requisitos essenciais é a utilização de mudas de alta qualidade genética e sanitária. A variedade San Andreas produz um morango doce, resistente e de belo formato. Já a Camino Real produz uma fruta mais resistente, encorpada e saborosa, de alta produção e por sua firmeza pode ser enviada a diferentes lugares com boa duração de pós-colheita, e a Camarosa se confirma como a melhor cultivar para mesa e indústria.
Fonte: EMATER/RS
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