A produção sustentável na agricultura brasileira, que
ganhou novo impulso com a implantação do Plano Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono (ABC), desde 2011, é
um dos fatores que vem permitindo um avanço na correta conservação do solo.
- O ABC foi concebido e está sendo implementado em todo
o território nacional e tem como base, nas tecnologias disponibilizadas
(integração lavoura, pecuária, floresta, recuperação de pastagens degradadas,
sistema plantio direto, entre outras) o uso e o manejo conservacionista
dos recursos naturais, em destaque o de solo e da água, que oferecem inúmeros
benefícios ambientais, sociais e econômicos -- destaca Elvison Ramos,
coordenador-técnico de Implementação do Plano ABC.
Para tratar do tema, no dia 16 de abril, o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) promovem o Seminário sobre o Dia Nacional da
Conservação do Solo. A data, comemorada no dia 15 de abril, foi instituída pela
Lei nº 7.876/1989. No evento, que será realizado no auditório da CNA (SGAN, Quadra 601, Módulo K), serão
apresentadas as ações bem-sucedidas na conservação do solo, como o uso do
sistema plantio direto e da integração lavoura-pecuária-floresta.
No sistema tradicional ou convencional de plantio, o
revolvimento constante da terra e a falta da utilização de algumas técnicas conservacionistas acabam prejudicando o solo ao longo do
tempo, em termos físicos, químicos e biológicos. Com a adoção de práticas
sustentáveis, o produtor pode recuperar o solo, aumentar a quantidade de
matéria orgânica e melhorar a capacidade produtiva.
- Com isso, há uma recuperação da biodiversidade do solo e um
incremento dos processos biológicos, beneficiando diretamente o produtor com a
redução de custos de produção, como, por exemplo, no uso de agrotóxicos,
fertilizantes e adubos - explica Elvison.
Ele também destaca que essas ações permitem conciliar a
conservação do meio ambiente com a produção agropecuária, que, ao longo prazo,
pode aumentar a produtividade. Estes dois fatores juntos, a redução dos custos
de produção e o aumento de produtividade, são os responsáveis em melhorar a renda do produtor rural.
O coordenador do Plano ABC ainda ressalta que o uso de práticas
sustentáveis de produção agropecuária permite que o solo não fique exposto aos
agentes naturais, evitando erosão e mantendo sua estrutura. Assim, a água da
chuva infiltra na terra com mais facilidade, chega de maneira mais fácil ao
lençol freático, alimenta as nascentes e beneficia produtores rurais e a
sociedade como um todo. Além disso, as técnicas contribuem para a redução na
emissão de gases do efeito estufa, como óxido nitroso e o metano, e aumento do
sequestro de carbono.
- O ABC consolidou as técnicas de sustentabilidade
disponíveis no Brasil, que podem ser adaptadas a qualquer produtor, seja da
agricultura familiar, seja de pequena, média ou grande propriedade. O Plano
está apoiado num tripé de ganhos sociais, econômicos e ambientais - enfatiza
Elvison. Segundo ele, dados de um sistema de monitoramento georreferenciado
(com imagens de satélites) vão permitir, já a partir de 2014, fazer um
levantamento e, com essas informações concretas, verificar o quanto foi
possível mitigar os gases poluentes nos últimos anos, nas diferentes regiões do
país, e qual foi o ganho em termos de incremento de matéria orgânica no solo.
FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
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