quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vale do São Francisco se destaca em ovinocaprinocultura

Região possui mais de três milhões de caprinos e cerca de

dois milhões de ovinos

Wllyssys Wolfgang | Petrolina (PE)


O Vale do São Francisco, no sertão baiano e pernambucano, possui um dos maiores rebanhos de caprinos e ovinos da América Latina. Há também o maior complexo de restaurantes que aproveita a carne dos animais.
O Vale do São Francisco possui mais de três milhões de caprinos e cerca de dois milhões de ovinos. Os animais são tratados com muitos cuidados, com direito a atenção 24 horas. O valor de alguns impressiona, pode ultrapassar R$ 50 mil.


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Os tratadores iniciam o trabalho antes mesmo de amanhecer o dia. Os cuidados são redobrados pois qualquer descuido pode prejudicar os animais.
O pecuarista Marcos Rogério Cipriano cria há quatro anos e atualmente tem a melhor genética da Bahia na raça boer. O seu negócio deu tão certo que ele montou uma vitrine na cidade, para receber os compradores, sem precisar perder tempo.
Mas o grande orgulho está na sala de troféus, onde ele guarda os títulos que ganhou pelo país. E são muitos. Prova de que a dedicação e o cuidado estão no caminho certo. E mesmo assim, no fim do dia lá estão eles, cuidando dos animais.
Em outra fazenda, em Curaçá, BA, há um animal especial. Zidane, um carneiro reprodutor da raça dorper, tem hora de passeio, de tosa e até uma piscina para exercitar os músculos. Segundo o zootécnico Edilberto Menezes, os cuidados começam desde a entrada no curral até a limpeza das baias, com vassouras de fogo. Tudo para evitar que os animais contraiam vermes ou doenças.
Dois tratadores e um zootécnico se revezam 24 horas para manter os animais seguros. O objetivo de tanto cuidado é a comercialização da genética dos animais, o principal destino de ovinos. Os que não são destinados à reprodução, vão para o abate e fazem sucesso na culinária da região.
O bodódromo, em Petrolina, é o maior complexo gastronômico especializado em carne de bode na América Latina.  São dez restaurantes e 22 quiosques servindo mais de 30 tipos de pratos derivados da carne do bode ou do carneiro.
Dono de um dos restaurantes, Isaías Mororó chega a abater mais de 50 animais por semana. E ele explica que o motivo de tanto sucesso é porque a carne de bode é mais leve que as demais carnes.
Na próxima reportagem especial, conheça um pouco da cultura nordestina, mostrando o vaqueiro no seu dia-a-dia e as rodas de São Gonçalo. Nesta quinta, dia 23, na quarta reportagem da série "Vale do São Francisco, um oásis no sertão".

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