Aqueles restos de culturas formados de galhos ressequidos, que possuem baixo valor nutricional, podem ser transformados em forragem de boa qualidade com a finalidade de alimentar os animais. Para chegar a isto, precisa-se somente de água e uréia pecuária. Temos então o processo de Amoniação ou Amonização.
O que é Amoniação ou Amonização?
O que é Amoniação ou Amonização?
O processo consiste na misturada de água mais uréia pecuária e são despejadas sobre os restos de culturas, cobertas com uma lona de plástico. A mistura de água e uréia pecuária libera um gás que amolece as palhadas e com a
propriedade de recuperar parte da proteína.
Alguns utilizam a uréia agrícola em lugar da uréia pecuária, por causa do preço mais em conta e não tiveram nenhum problema com os animais. Mas o recomendado é a utilização de uréia pecuária. O que se deve cuidar é o teor de biureto. Na uréia agrícola, a concentração de biureto não pode ultrapassar 1,5%, quando em aplicação no solo, ou 0,3% quando em aplicação foliar. Os resíduos mais apropriados à amoniação: os melhores são os resíduos provenientes da palha de milho, arroz, feijão e restos de ração animal. A proporção de uréia é de 5% na mistura, ou seja, 5 quilos de uréia para cada 100 quilos de palha seca, adicionando 25 litros de água. Esta mistura é coberta por uma lona plástica, fechada para evitar a perda do gás que se forma, durante 20 dias, e depois fornecida aos animais. Para isto, deve deixar a forragem em repouso de um dia para o outro. Não dar a forragem aos animais no mesmo dia da abertura da lona ou plástico. è o tempo desejado para a evaporação do excesso de gás que se formou na amonização. A amoniação tem sucesso quando, ao abrir a lona a palhada apresentar uma coloração escurecida e uma consistência macia. O importante é vedar bem a lona para evitar a fuga de gás. Quanto ao consumo, o desejável é fornecer aos animais o correspondente a 1,5-2% do peso vivo. Os bovinos devem receber de 4 a 6 kg/cabeça/dia. Os caprinos e ovinos deverão receber uma quantidade bem menor, de 500 a 700 g/cabeça/dia. Nos períodos secos, se não houver silagem ou feno, o produtor pode utilizar este processo sabendo que o animal não ganhará peso mas, também, não perderá, aguentando melhor esta época até a chegada das chuvas. Um animal precisa, no mínimo, ingerir 8% de proteína bruta/dia para não baixar a produtividade. Um capim verde pode apresentar 11% de proteína bruta. Na seca este valor cai para até 3%, insuficiente para manter o potencial produtivo dos animais.
Fonte: CNA
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