quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uréia mais Água na Recuperação de Palhada Seca


Aqueles restos de culturas formados de galhos ressequidos, que possuem baixo valor nutricional, podem ser transformados em forragem de boa qualidade com a finalidade de alimentar os animais. Para chegar a isto, precisa-se somente de água e uréia pecuária. Temos então o processo de Amoniação ou Amonização.
O que é Amoniação ou Amonização?
O processo consiste na misturada de água mais uréia pecuária e são despejadas sobre os restos de culturas, cobertas com uma lona de plástico. A mistura de água e uréia pecuária libera um gás que amolece as palhadas e com a
propriedade de recuperar parte da proteína.


 Alguns utilizam a uréia agrícola em lugar da uréia pecuária, por causa do preço mais em conta e não tiveram nenhum problema com os animais. Mas o recomendado é a utilização de uréia pecuária. O que se deve cuidar é o teor de biureto. Na uréia agrícola, a concentração de biureto não pode ultrapassar 1,5%, quando em aplicação no solo, ou 0,3% quando em aplicação foliar. Os resíduos mais apropriados à amoniação: os melhores são os resíduos provenientes da palha de milho, arroz, feijão e restos de ração animal. A proporção de uréia é de 5% na mistura, ou seja, 5 quilos de uréia para cada 100 quilos de palha seca, adicionando 25 litros de água. Esta mistura é coberta por uma lona plástica, fechada para evitar a perda do gás que se forma, durante 20 dias, e depois fornecida aos animais. Para isto, deve deixar a forragem em repouso de um dia para o outro. Não dar a forragem aos animais no mesmo dia da abertura da lona ou plástico. è o tempo desejado para a evaporação do excesso de gás que se formou na amonização. A amoniação tem sucesso quando, ao abrir a lona a palhada apresentar uma coloração escurecida e uma consistência macia. O importante é vedar bem a lona para evitar a fuga de gás. Quanto ao consumo, o desejável é fornecer aos animais o correspondente a 1,5-2% do peso vivo. Os bovinos devem receber de 4 a 6 kg/cabeça/dia. Os caprinos e ovinos deverão receber uma quantidade bem menor, de 500 a 700 g/cabeça/dia. Nos períodos secos, se não houver silagem ou feno, o produtor pode utilizar este processo sabendo que o animal não ganhará peso mas, também, não perderá, aguentando melhor esta época até a chegada das chuvas. Um animal precisa, no mínimo, ingerir 8% de proteína bruta/dia para não baixar a produtividade. Um capim verde pode apresentar 11% de proteína bruta. Na seca este valor cai para até 3%, insuficiente para manter o potencial produtivo dos animais.
Fonte: CNA

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