segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Agricultores começam a receber sementes de milho e feijão

Doações fazem parte do programa federal Brasil Sem Miséria, que incentiva a agricultura familiar

por Globo Rural On-line
Tamires KoopPelo menos 10 mil agricultores vão receber sementes de milho e feijão, produzidas pela Embrapa
Começou esta semana a entrega de sementes de milho e de feijão distribuídas gratuitamente a 10 mil agricultores familiares atendidos pelo Plano Brasil Sem Miséria nos Territórios da Cidadania Serra Geral (MG), Irecê (BA) e Velho Chico (BA). As sementes, produzidas pela Embrapa Transferência de Tecnologia (DF), com financiamento do MDA, serão armazenadas nos municípios de Janaúba (MG), Irecê (BA) e Bom Jesus da Lapa (BA).



A ação é fruto da parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

As sementes de milho e feijão serão distribuídas a famílias de agricultores familiares atendidas pela primeira chamada pública de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) do Plano Brasil Sem Miséria, lançado em junho pelo MDA. A ação tem como objetivo promover a inclusão produtiva de dez mil famílias em situação de extrema pobreza (renda pessoal inferior a R$ 70,00). Para isso, elas contarão com assistência técnica durante 17 meses, distribuição gratuita de sementes e fomento para produzir para o consumo próprio e excedente para comercialização.
"Estamos iniciando a distribuição de sementes como parte do apoio ao fomento. A Embrapa vai entregá-las em pontos estratégicos e o MDA vai concluir a distribuição em territórios selecionados com base no calendário agrícola. Com assistência técnica, vamos possibilitar que as famílias beneficiárias plantem, produzam e se organizem para a industrialização e comercialização nos mercados institucionais, participando, assim, de uma dinâmica regional virtuosa, para que possam sair da faixa da extrema pobreza. É a organização da economia do campo a partir da inclusão produtiva", diz o ministro Afonso Florence, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Hortaliças
O Plano Brasil Sem Miséria também vai destinar 10 mil kits de hortaliças para os agricultores familiares, contendo sementes de alface, cebolinha, cenoura, coentro, couve, pepino, quiabo, repolho e tomate. Cada família receberá um kit, e a quantidade de sementes foi calculada para aproveitamento durante dois a três cultivos anuais e para suprir uma família de cinco pessoas. O gerente geral interino da Embrapa Transferência de Tecnologia, Ronaldo Pereira de Andrade, explica que as variedades foram testadas e indicadas pela pesquisa por sua produtividade, resistência ou tolerância a doenças e pragas e adaptação às condições edafoclimáticas (solo e clima) da região.

Plano Brasil Sem Miséria

A participação da Embrapa no Plano Brasil Sem Miséria foi formalizada com a assinatura de dois Termos de Cooperação Técnica, com o MDA e com o MDS, que compreendem ações para os anos de 2011 e 2012. Além da distribuição de sementes e material didático, serão desenvolvidas ações de suporte tecnológico aos agentes de ATER e distribuição de material técnico e informativo (cartilhas, informes, Minibibliotecas e o programa de rádio Prosa Rural) para as famílias e os técnicos.

O termo de cooperação com o MDS prevê o atendimento de 43 mil famílias da região Nordeste e do Norte de Minas Gerais. Serão distribuídas 100 toneladas de sementes de milho, 50 toneladas de sementes de feijão (carioca e caupi) e 2.365 toneladas de hortaliças (quiabo, pepino, cenoura, cebolinha, tomate, repolho, alface, coentro e couve). Cada família receberá 10 quilos de sementes de milho, 5 quilos de feijão e um kit de hortaliças, além de material orientador, ilustrado e com linguagem simples e acessível. O objetivo é promover a melhoria da qualidade de vida das famílias atendidas, proporcioando a elas segurança alimentar e nutricional.
Andrade ressalta que as sementes distribuídas tem qualidade e origem genética e foram selecionadas nos programas de melhoramento da Embrapa ou recomendadas pela pesquisa. “As variedades são oferecidas conforme as necessidades regionais. Com isso, além da melhoria na qualidade de vida, os agricultores serão beneficiados pelos grandes avanços tecnológicos da agricultura brasileira”, afirma o gerente geral interino da Embrapa Transferência de Tecnologia.

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