Qualquer área da propriedade pode ser destinada à reprodução e produção de mudas ornamentais, desde que devidamente adaptada.
Por Beatriz Lazia
A produção de mudas ornamentais, voltada para a comercialização, tem sido uma atividade rentável nos últimos anos. Isso porque o setor de flores e plantas ornamentais vem se destacando muito no agronegócio brasileiro. As condições de produção do Brasil, este dotado de diversidade de solo e clima, permitem o cultivo de infinitas espécies que conferem aos produtos brasileiros oportunidades de abrirem espaços e de se firmarem no mercado internacional.
Em contrapartida, a exigência do mercado consumidor por produtos de qualidade e de maior valor agregado, junto aos efeitos da globalização, concorrem para uma necessidade de mudança na forma como as cadeias produtivas vêm operando.
Sendo assim, um viveiro de plantas necessita de condições ideais para o total desenvolvimento das mudas e consequente sucesso da produção. Tais condições ideais dizem respeito à umidade, à irrigação, à luminosidade, à temperatura, ao tipo de solo, à adubação, aos tipos de recipientes, à proteção contra o vento e chuvas, ao controle de pragas e ervas daninhas e ao pessoal especializado no ramo.
Qualquer área da propriedade pode ser destinada à reprodução e produção de plantas, desde que devidamente adaptada. Existem, porém, alguns aspectos que devem ser observados para maior sucesso no empreendimento. Um exemplo é a extensão da área, que dependerá do volume da produção que se deseja. Podemos ter viveiros que ocupem um quintal e, ao mesmo tempo, viveiros que ocupem vários hectares de terra.
Embora não seja fator limitante para a produção de mudas, é recomendável que a área destinada à produção seja quase plana, com pouca declividade, suficiente para a drenagem. Outro fator importante é a água. Ela deve ser abundante e de boa qualidade. Para isso, córregos e nascentes são ideais, desde que a água seja bombeada.
É conveniente também que o local escolhido para a produção de mudas ornamentais possua algumas áreas sombreadas, pois algumas espécies ornamentais exigem sombra para reprodução e/ou produção. Caso não seja possível o sombreamento natural da área, o produtor pode fazer algumas estruturas de sombrite ou ripados que resolvam o problema.
Quanto às estruturas necessárias, um viveiro de plantas ornamentais deverá possuir, pelo menos, quatro áreas para a produção. São elas: área de semeio, área de enraizamento, área de estoque e área de espera. Dependendo do grau de organização e do objetivo do produtor, poderá ser incorporada uma quinta área, que seria a de exposição e comercialização.
Por fim, afirmamos que o primeiro ponto a se considerar na implantação de um viveiro é a sua capacidade produtiva, em termos de quantidade de mudas nas diferentes épocas do ano. Isso será responsável por definir o tamanho e as estruturas do viveiro. São considerados viveiros médios e grandes aqueles que produzem cerca de 50.000 mudas, no mínimo.
Fonte: Portal Agropecuário
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