sábado, 9 de julho de 2011

Café pode reduzir risco de AVC em mulheres, afirma estudo

Na Europa, programa implementado em Portugal 

procura esclarecer e desvendar mitos sobre a ingestão do café


Mulheres que bebem entre uma e duas xícaras de café por dia têm menor probabilidade de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), do que aquelas que não consomem a bebida. A conclusão é de uma investigação norte-americana, do grupo de mamografia de Karolinska, que abrangeu um total de 34.670 mulheres sem históricos de doenças cardiovasculares. 


O estudo teve uma duração de 10 anos, ao fim dos quais a equipe constatou 1.680 ocorrências de problemas cardíacos diversos e, após a análise dos  fatores de risco, o consumo de café foi associado com um menor risco estatisticamente significativo de AVC total e enfarte cerebral.– O café tem efeito antioxidante, diminui a acumulação de gorduras saturadas e reduz a resistência à insulina, propriedades que podem minimizar o risco de AVC. Este estudo vem, por isso, reforçar que a cafeína - frequentemente considerada como prejudicial à saúde - pode, afinal, ter um efeito protetor em relação a várias patologias, como é o caso dos Acidentes Vasculares Cerebrais – considera o professor e neurologista Rodrigo Cunha.Em Portugal, o AVC tem uma dimensão alarmante: a taxa de mortalidade é de cerca de 200/100 mil habitantes (o que corresponde a duas mortes por hora), sendo uma das mais elevadas da União Europeia. É responsável pelo internamento de mais de 25 mil doentes/ano e por elevado grau de incapacidade - 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com limitações permanentes nas atividades da vida diária.O Programa "Café e Saúde" foi implementado em Portugal em 2007, pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) com o objetivo de mudar a atitude dos profissionais de saúde em relação ao consumo de café. É um projeto de informação, dirigido a profissionais da saúde, que procura esclarecer e desvendar mitos sobre a ingestão do café, reunir evidência científica quanto aos benefícios inerentes ao seu consumo na prevenção de algumas patologias e estimular o conhecimento específico sobre esta temática.

SAFRAS

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