quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Pesquisador desenvolve mandioca gigante
Saiu de uma pequena horta na Estação Experimental da Universidade de Brasília (UnB) a maior mandioca já desenvolvida por pesquisadores do campus. A raiz de 32 quilos é pelo menos três vezes mais robusta que a comum. A mandioca consumida em casa pesa entre cinco e 10 quilos. A super mandioca foi gerada a partir de pesquisas do grupo do professor Nagib Nassar, do Departamento de Genética e Morfologia.
O pesquisador cruzou uma espécie silvestre da mandioca com a comum para gerar outra com uma quantidade maior de amido e, ao mesmo tempo, com reduzido teor de toxinas. O amido é considerado altamente nutritivo para o ser humano.
A espécie silvestre usada pela equipe, chamada cientificamente de Manihot glaziovii, chega a 15 metros de comprimento. Por ter alta concentração de fibras nas raízes, é imprópria para o consumo. Ao cruzá-la com a variedade comum, os cientistas obtiveram um híbrido maior que a mandioca convencional, com raízes de até 1,8 metro, mas que ainda não podia ser levado à mesa.
Um novo cruzamento com a espécie comum, feito com o propósito de restaurar a concentração de amiga para tornar a mandioca comestível, resultou na mandioca gigante. O alimento pode ter entre 30 e 40 quilos e a maior parte é composta de amido. A mesma técnica deu origem à espécie resistente à praga do mosaico africano. Saiba mais acessando este link.
Além do tamanho incomum, a mandioca apresenta uma quantidade reduzida de ácido hidrocianico (HCN), substância tóxica para o organismo. A concentração na mandioca comum chega a 200 miligramas por quilo, enquanto na espécie modificada é de apenas 10. "O HCN é responsável por doenças na tireóide, comuns em regiões onde existe alto consumo da planta, como o Nordeste e a Amazônia", explica Nagib.
Batizada de UnB 310, a nova mandioca será distribuídas entre pequenos agricultores do Distrito Federal. "A partir desse espécime vamos produzir outras 40 plantas", conta Nagib. Segundo o professor, cada planta produzirá até dois anos entre 100 e 200 estacas -- fragmentos das raízes que podem usados para o plantio no lugar de sementes.
As técnicas usadas pelo professor Nagib Nassar dispensam a manipulação genética das plantas. Os cruzamentos são feitos depositando o pólen das flores macho nas flores fêmeas. Professor emérito da universidade, Nagib estuda há 35 anos o cruzamento de diferentes espécies de mandioca para obter variedades mais nutritivas e resistentes. A experiência de 30 anos permitiu identificar as melhores espécies para fazer os cruzamentos.
Outro resultado importante foi a produção de variedades ricas em caroteno, substância associada a produção de vitamina A.
PARA SABER MAIS
Clique aqui para ler a reportagem "Pesquisa descobre que mandioca amarela produz mais vitamina A".
NE: Nagib Nassar é graduado pela Universidade do Cairo (1958) e PhD em Genética pela Alexandria University (1972). A convite do Ministério das Relações Exteriores, veio para o Brasil em 1974. Sua pesquisa se concentra no melhoramento da mandioca. Mantém o site www.geneconserve.pro.br.
FONTE
UnB Agência
Francisco Brasileiro - Jornalista
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-queria comprar uma muda para proliferação
ResponderExcluir-se por acaso for possível
-entre em contato
-marcoforicaro@hotmail.
-nem percam seu tempo atrás, nem respondem seus e-mails, mesmo contato direto com unb, esalq que e responsavel aqui em sp pelo projeto, são indiferentes com interesse dos produtores rurais
ResponderExcluirConcordo com você várias pessoas ja tentaram entrar em contato com a UNB e não conseguiram
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