As estimativas demonstram que mais da metade das pastagens cultivadas estão degradadas na atualidade. Por Beatriz Lazia em 5th novembro 2012
Antes de tomar a decisão sobre a renovação ou recuperação de pastagens degradadas, o agricultor deve antes consultar um técnico experiente no assunto, uma vez que o custo de formação de uma pastagem não é baixo, valendo à pena ter certeza da impossibilidade de recuperação. Nesse sentido, a reforma de pastagens não pode ser entendida como uma atividade isolada, mas sim deve fazer parte de um conjunto de aplicações tecnológicas as quais devem caminhar juntas para aumentar a produtividade das propriedades agrícolas.
Se formos conceituar sobre do que se trata uma recuperação de pastagem, esta seria o restabelecimento da produção de forragem, de acordo com o interesse econômico, mantendo-se a mesma espécie ou cultivar, enquanto a renovação da pastagemseria o restabelecimento da produção de forragem, com a introdução de uma nova espécie ou cultivar em substituição àquela em degradação.
Sabe-se que a expansão das pastagens cultivadas aumenta a cada ano e movimenta um mercado de sementes de forrageiras da ordem de 80 milhões de toneladas/ano. Essa expansão de pastagens cultivadas demanda altos investimentos no preparo do terreno e do solo, com hora-máquina, com fertilizantes, com sementes, com cercas e instalações. Entretanto, a velocidade com que essas pastagens diminuem o vigor e a produtividade de forragem é muito rápida, causando sérios prejuízos.
As estimativas demonstram que mais da metade das pastagens cultivadas estão degradadas na atualidade. Nesse sentido, as práticas agronômicas, desenvolvidas para a recuperação ou renovação de pastagens, objetivam o aumento da biomassa em período de tempo determinado, com viabilidade econômica ao pecuarista.
É interessante perceber que há, por parte dos produtores rurais, uma preferência por métodos de renovação da pastagem, por acreditarem que a simples mudança da planta forrageira trará melhoria na produtividade da pastagem. No entanto, inúmeros estudiosos do assunto afirmam que o manejo correto do sistema solo-planta-animal é mais importante do que a simples troca de planta forrageira.
Existem ainda estudiosos que afirmam que mudar a espécie forrageira sem haver com isso mudanças na conduta de manejo da pastagem não adianta em nada. Se o produtor assim o fizer, ele perderá tempo, empatando capital e, até mesmo, perdendo todo o investimento realizado em uma plantio mal feito.
No que diz respeito à área de pastagem, quando recuperá-la ou renová-la e quais as técnicas e insumos a serem utilizados na recuperação/renovação, é função de diversos fatores, sendo aconselhável ao produtor que utilize para isso uma assistência técnica. Isso porque, muitas vezes, o agricultor não detém o conhecimento específico demandado, uma vez que ele deve levar em conta aspectos como o grau de degradação da pastagem, qual a utilização futura da área recuperada/renovada, disponibilidade de máquinas, conhecimento das técnicas a serem empregadas e capital disponível.
Fonte : Portal Agropecuário
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