Por Beatriz Lazia
Cupins são insetos que podem causar sérios danos às plantas cultivadas e às construções
Para
que o agricultor possa se prevenir das infestações
de cupins, três estratégias básicas podem ser utilizadas: escape no
tempo, barreiras físicas e barreiras químicas. O escape no tempo consiste em
plantar a cultura em questão fora da época de maior ataque de cupins.
Por exemplo, para o caso do eucalipto, uma técnica que tem sido usada com
sucesso, em algumas regiões, é o plantio em época chuvosa. Neste caso,
mesmo havendo ataques de cupins, as mudas de eucalipto conseguem se recuperar
com maior facilidade do que se o plantio fosse feito durante a época seca.
Com a utilização de
barreiras físicas, várias soluções são possíveis, dependendo da situação
específica. Para mudas de eucalipto, por exemplo, a melhor estratégia consiste
no plantio em tubetes, usando viveiros suspensos. Desta forma, dificulta-se o
contato dos cupins com as mudas, evitando-se o ataque, sem que seja preciso o
uso de inseticidas.
Sabe-se também que os
cupins não conseguem construir canais em solos que apresentem grãos de tamanho
intermediário. Sendo assim, recomenda-se construir trincheiras em volta das
construções e preenchê-las com areia peneirada. O tamanho dos grãos dependerá
da espécie de cupins a ser eliminada e, para isso, é importante consultar um
especialista.
No entanto, mesmo
quando o agricultor adota estratégias de prevenção de infestações de
cupins, é necessário ficar atento a possíveis ocorrências destas.
Este monitoramento é específico para cada situação. No caso de construções e
madeiras, deve-se verificar periodicamente a presença de indícios, tais como:
acúmulo de excrementos granulados, acúmulo de asas por ocasião das revoadas,
galerias e túneis.
No caso de culturas
agrícolas, deve-se fazer amostragem do solo, especialmente por ocasião do
plantio, e, no caso de culturas perenes, em intervalos regulares de tempo. A
amostragem do solo pode ser feita, simplesmente, perfurando-se o solo com um
único golpe de enxadão, próximo às raízes da planta, e verificando se há ou não
a presença de cupins.
Para grandes áreas,
uma boa opção seria o uso de iscas para evitar gastos excessivos com mão de
obra. As iscas podem ser confeccionadas de papelão corrugado, ou mesmo de rolos
de papel higiênico. Dispõe-se as iscas sobre o solo na área a ser amostrada e,
após uma ou duas semanas, avalia-se a infestação pelo percentual de iscas
atacadas.
Além da amostragem
direta dos cupins, é importante, para as culturas agrícolas, verificar os
sintomas de ataque destes insetos às plantas. Pois eles se alimentam,
basicamente, de celulose e o fazem construindo canais subterrâneos até a fonte de
alimento. Assim, é de se esperar que o local mais provável do ataque de cupins
seja na região das raízes das plantas.
Os cupins podem
atacar o sistema radicular, comprometendo a capacidade da planta de absorver
água e nutrientes. Assim, um sintoma típico de ataque de cupins é o
amarelecimento e murchamento da planta. O problema é que este sintoma pode ser
facilmente confundido com deficiência hídrica.
Fonte : Portal Agropecuário
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