sexta-feira, 21 de junho de 2013

Embrapa considera agregar valor à produção como maior desafio de Mato Grosso

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco
Foto: Reprodução / Ilustração
Embrapa possui papel preponderante no atual estágio do agronegócio de Mato Grosso e do Brasil
Embrapa possui papel preponderante no atual estágio do agronegócio de Mato Grosso e do Brasil
Marcada por discursos em defesa do papel das instituições públicas de pesquisa agropecuária e do trabalho do pesquisador, a solenidade de aniversário de 40 anos da Embrapa, no Plenário das Deliberações Rende Barbour da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (20), patenteou que o principal desafio de Mato Grosso é verticalizar a produção. "Sem industrializar a nossa produção, ficaremos sempre vendendo produtos primários e semi-elaborados para exportação", define o deputado Zé Domingos Fraga (PSD), vice-presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia.

Entre outras autoridades, estiveram presentes o deputado federal Eliene Lima (PSD), os deputados estaduais Zé Domingos (PSD), Nininho Bortlini (PR) e Airton Português (PSD). A audiência foi requerida pelo deputado José Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Marques Neto, afirma que m 40 anos de trabalho a entidade contribuiu para transformar o Brasil no maior produtor de alimentos do mundo e o cerrado, então considerado improdutivo, no ‘celeiro da nação’.

“Prestarmos contas do que temos feito com a confiança que o Brasil deposita em nosso trabalho”, afirma Ladislau Martins, citando os números do Balanço Social 2012 . O documento mostra que o uso de um grupo de tecnologias agrícolas e agroindustriais gerou lucro social de R$ 17,8 bilhões e ajudou a criar mais de 75 mil empregos no ano passado. E cada real dos mais de R$ 2 bilhões investidos na Embrapa no ano passado rendeu para a sociedade R$ 8,62 em empregos, salários e produção.

“Nossa produção científica e tecnológica continua relevante e fortemente atenta aos reais problemas da agricultura tropical”, acrescenta Martins Neto.

O diretor da Embrapa Agropastoril em Mato Grosso, João Flávio Veloso Silva, lembra que hoje a pesquisa leva em conta a Sustentabilidade e da Responsabilidade Social. Entre outros dados, destaca algumas das 35 novas cultivares, 391 métodos científicos, 286 práticas agropecuárias, 141 insumos agropecuários, 99 softwares, 27 máquinas, equipamentos ou instalações e seis produtos agroindustriais lançados pela Embrapa.

João Flávio Veloso contesta a crítica de que a Embrapa não estaria recebendo os investimentos adequados. E lembra que nos últimos quatro anos foram executados, em valores reais e em sequência crescente, os três maiores orçamentos da história da empresa, equivalentes aos das maiores instituições de pesquisa agrícola do mundo.

O orçamento da Embrapa para 2013 é de R$ 2 bilhões, enquanto a similar dos Estados Unidos possui US$ 1 bilhão – ou seja, cerca de R$ 2,1 bilhões.

O presidente da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer), Valdizete Nogueira, afirma que o atual PIB do Estado, que é o segundo do Brasil em agropecuária, deve muito para a Embrapa. “Tem tudo a ver coma pesquisa e o desenvolvimento que a Embrapa faz em Mato Grosso e em nosso país”, afirma Valdizete.

O deputado Eliene Lima afirma que a Embrapa possui papel preponderante no atual estágio do agronegócio de Mato Grosso e do Brasil. “O que define a relevância de uma solução tecnológica não é a riqueza do usuário, mas as dificuldades a serem superadas”, afirma Eliene.

Servidor de carreira da Empaer, Zé Domingos cita que a Embrapa executa atualmente cerca de 1,1 mil projetos de pesquisa, sendo que 22 são amplos e de longa duração e lidam com áreas novas como nanotecnologia, genômica e dinâmica dos gases de efeito estufa, mais de 400 cuidam de questões como meio ambiente, segurança alimentar e qualidade nutricional.

Zé domingos lembra ainda que cerca de 590 buscam introduzir rápidas melhorias nos sistemas de produção para acelerar ganhos de produtores e consumidores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário